22/01/10

Bloco jovem mas sem "jota"

As juventudes partidárias são, para muitos militantes, o primeiro passo no mundo político. Para as camadas mais jovens, são a forma de tomar contacto com as ideologias e propostas dos partidos políticos.

Através da promoção do debate partidário entre jovens e da formação política, as “jotas” apoiam o seu partido e são organismos, autónomos e estruturados, dedicados à intervenção social.

Os partidos políticos portugueses com acento parlamentar têm nas estruturas jovens uma base para a sua actividade. Contudo, o Bloco de Esquerda é o único entre estes partidos que não tem uma “jota” formalizada.



Marlon Francisco tem 19 anos. É presidente da Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas e militante do Bloco há mais de um ano. Para Marlon, “estar num partido é uma maneira de crescer, de maturar ideias políticas, económicas, sociais”. E apesar de o Bloco não ter uma juventude partidária definida, "há alguma independência e autonomia para que os jovens desenvolvam acções. Há a autonomia que existe numa «jota», apenas não está formalizada e regulamentada, também porque nunca houve essa necessidade”, conta o militante, enquanto explica a estrutura interna do seu partido.



De momento, conta Marlon, existem propostas para formalizar um núcleo jovem com especificidades dentro do Bloco. Mas para o jovem militante, esta opção cria separações dentro do partido.



Marlon explica as razões que levam o Bloco de Esquerda a não ter uma juventude partidária formalizada. Desde a estrutura muito jovem característica do partido, à proximidade entre todos os militantes e mesmo com os dirigentes, vários factores levaram a que nunca tenha havido necessidade de se criar uma "jota" bloquista.



Não tendo uma juventude definida, o Bloco é muito jovem na sua raiz e, nas palavras de Marlon, "tem-se tornado uma moda entre os jovens".



Marlon Francisco aconselha a experiência dentro de um partido a todos os jovens.



O Bloco de Esquerda é a excepção no cenário dos grandes partidos políticos. A maioria tem uma estrutura jovem específica.

O Olhar de António Leitão Amaro

António Leitão Amaro, 29 anos

Secretário-Geral da JSD e militante há 15 anos

Militante do PSD há 11 anos

Deputado do PSD

Professor universitário


Apesar de interrupções no seu caminho político, António Leitão Amaro começou cedo na social-democracia. Hoje, é Secretário-Geral da juventude do seu partido, cargo que preenche grande parte do seu tempo. Acredita que esta é "a actividade que pode fazer mais pelas pessoas". Juntou-se à JSD defendendo os ideais nobres da política e garante - "só estou a fazer política enquanto achar que contribuo para as coisas serem melhores".


O Olhar de Diogo Marques



Diogo Marques

18 anos

Militante da JP há cinco meses

Estudante Universitário



Diogo Marques apenas recentemente tomou contacto com as juventudes partidárias. Ingressou na Juventude Popular, estrutura jovem do CDS-PP. É no partido que pretende militar um dia mas, por enquanto, espera obter formação na juventude. A JP "funciona como uma porta de entrada para o partido", afirma o jovem militante.




20/01/10

O Olhar de José Borges

José Borges

20 anos

Militante da JS e do PS desde Dezembro de 2008




"Sou republicano, socialista e laico". É nestas palavras de Mário Soares que José Borges se revê. Pertence à Juventude Socialista, a estrutura jovem do Partido que se encontra hoje no poder. A participação na política é uma herança de família. Por isso, aos 18 anos decidiu dar continuidade ao legado, juntando-se a uma das juventudes partidárias, que considera serem "a vanguarda da ideologia dos partidos".